terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Carpinterio de mim


Uma madeira ora dura demais
Sem dar chance as ferramentas
Uma madeira ora dura demais
Firme, forte, rígida.
Desatenta

Uma lasca tirada com cuidado
Milimetricamente estudada
Outra lasca tirada com cuidado
Sem régua, sem esquadro
Sem nada

Mais um talho firme tirado
Na vã tentativa de ser unânime
E ficar ao gosto ‘dosoutros’
Sem personalidade
Sem nome

Assim vai se formando
Um filho, um vô, um pai
E vai se transformando
Se deformando, se entortando
E assim vai

Esse sou eu, simples
Confuso, enfim
Ora, a madeira
Agora, carpinteiro de mim

3 comentários:

Débora disse...

Que lindo!!

Muito bom mesmo!

Si♥ disse...

Parabéns!!!
Lindo poema...fazer poesias é um "dom"
Ta na hora de colocar tudo isso naquele "livro..." Lembra?

Carpinteiro de Mim disse...

Vou farei isso :>
(valeuuu)