quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Poesia para ISO 9001



"Nem flores depois da merda feita

Nem chorar adiantaria

Agora tu vai mesmo

Cair numa puta auditoria


E pra mostrar que a ISO já é nossa

Fizemos esse verso quaternário

Para aquele que não acreditar

Pra nós não passa de um otário


E se esse otário for um auditor

E encontre coisas que só ele viu

Mandaremos ele, com todas as letras:

Vai pra puta que te pariu"


Pois é...

Me esforcei tanto para escrever essa poesia

e estava preparado para declamá-la no dia
da certificação perante as autoridades e
auditores da qualidade. Só não entendi pq a

direção da empresa censurou o meu ato (???)


(...) assim morrem os poetas (...)


Ora, Ora.



Quem é essa senhora?

Que foi embora.

Não volta outrora

Quem adora?

Quem ignora?

Depois ou agora?

Essa é a Hora


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Carpinterio de mim


Uma madeira ora dura demais
Sem dar chance as ferramentas
Uma madeira ora dura demais
Firme, forte, rígida.
Desatenta

Uma lasca tirada com cuidado
Milimetricamente estudada
Outra lasca tirada com cuidado
Sem régua, sem esquadro
Sem nada

Mais um talho firme tirado
Na vã tentativa de ser unânime
E ficar ao gosto ‘dosoutros’
Sem personalidade
Sem nome

Assim vai se formando
Um filho, um vô, um pai
E vai se transformando
Se deformando, se entortando
E assim vai

Esse sou eu, simples
Confuso, enfim
Ora, a madeira
Agora, carpinteiro de mim